16 dezembro 2008
28 outubro 2008
écati.
20 outubro 2008
Professora
Esses dias li um livro sobre um adolescente no ensino fundamental: "Diário de um Banana".
Fazia tempo que não ria tanto com um texto! Me fez lembrar da minha (nem tão antiga) passagem pelo ensino fundamental e médio.
É incrível, mas não sinto lá tanta saudade. =]
Sinto saudade de alguns bons professores que souberam ver que aquela menina que esculpia tocos de giz e rabiscava (à lápis) as mesas, definitivamente não estva ali pra aprender matemática ou química. Estava ali porque, por um motivo muito escuso, TINHA de passar por aquilo. Afe.
A sociedade deveria ter mais piedade com os artistas. =]
09 outubro 2008
08 outubro 2008
Oh, unidade!
Mais uma do livro novo... às vezes eu ponho tudo no chão pra dar uma olhadela geral no trabalho (porque vou fazendo tudo meio junto)... cada cena me pede uma certa maneira de resolver-se, mas não posso perder a unidade! Oh céus. Oh drama... hehe
Essa semana foi muito boa. Coisas supimpas se definiram para o ano que vem.
Mais perto de acontecer conto-lhes. ^^
um beijo!
30 setembro 2008
24 setembro 2008
Baratón in progress
Tô testando uma técnica nova, que um rapaz super gente boa teve toooooda boa vontade do mundo de me ensinar. Ainda tô apanhando e tive vontade de cortar os pulsos pelo menos 15 vzs durante o processo. E ainda não está como eu gostaria. =/
Bem... o jeito é insistir. Por falar nisso, to devendo um desenho a ele. Tenho q pensar em algo legal.
O bem da verdade é q acrílica me assusta. Nunca sei muito bem como misturar as cores. Não é algo fluído que me salta ao pincel com naturalidade.
Certa vez uma amiga disse que eu tenho que usar a intuição pra pintar. Mas temo que minha intuição seja brega e daltônica, pois sempre 'sarta' um carnaval de cores.
Afe.
Ainda preciso entender o que vai com o que nesse fuzuê de tintas.
Ali do lado do baratón, ainda vai ter um outro bichinho... talvez seja roxo... talvez seja verde...
ai ai.
19 setembro 2008
Vem cá, ficar comigo! ou Eu-legume
Tô ilustrando uma adaptação do Franz Kafka. Excelente...
tá bem de acordo com meu estado de espírito.
Faz um tempo eu li no msn de uma amiga uma frase muito boa: "...e você que nem legume é, por que até as alcachofras têm coração." ai ai.
Bem... se eu fosse um legume, seria uma couve-flor... só por causa das lagartinhas azuis.
...
29 agosto 2008
ho ho ho - versão final
A Dani é ótima!
Trabalhar com ela é sempre muito divertido. Eu faço ilustras e ela monta os papéis.
Adoro!!
Trabalhar com ela é sempre muito divertido. Eu faço ilustras e ela monta os papéis.
Adoro!!
28 agosto 2008
14 agosto 2008
02 agosto 2008
Hero BR-J!
01 agosto 2008
Menino...
30 julho 2008
24 julho 2008
21 julho 2008
Zebra Sabrina!!
18 julho 2008
13 julho 2008
08 julho 2008
06 julho 2008
05 julho 2008
02 julho 2008
01 julho 2008
Yo amo los mundos sutiles.
Hoje um amigo me disse em bom castellano: "Todo és perfecto."
Ele se referia às voltas que a vida faz. Era tudo o que eu precisava ouvir.
Diós salve Pijuán. =]
.
.
Todo pasa y todo queda
Pero lo nuestro es pasar,
Pasar haciendo caminos,
Caminos sobre la mar.
Nunca perseguí la gloria,
Ni dejar en la memoria
De los hombres mi canción;
Yo amo los mundos sutiles,
Ingrávidos y gentiles
Como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse de sol y grana,
Volar bajo el cielo azul,
Temblar súbitamente y quebrarse...
Nunca perseguí la gloria.
Caminante son tus huellas el camino y nada más;
Caminante, no hay camino se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino sino estelas en la mar...
Hace algún tiempo en ese lugar
Donde hoy los bosques se visten de espinos
Se oyó la voz de un poeta gritar
Caminante no hay camino, se hace camino al andar...
Golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse, le vieron llorar.
"caminante, no hay camino, se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar
Cuando el poeta es un peregrino,
Cuando de nada nos sirve rezar.
Caminante no hay camino, se hace camino al andar.
Golpe a golpe, verso a verso.
.
.
[Cantares - Juan Manuel Serrat]
21 junho 2008
12 junho 2008
Crássicos! =]
25 maio 2008
20 maio 2008
Como nascem os Ursos!
03 abril 2008
Permuta
19 março 2008
Perseverança
Este é meu trabalho da última aula do Bandeira.
Impressionante como fazer, fazer, fazer, realmente FAZ a diferença.
Desde que comecei a estudar desenho, tem sido um aprendizado constante.
Vou procurar algum desenho da época em que fiz minha primeira aula de modelo vivo, ainda na faculdade - sofrível! =)
Perseverança!
Impressionante como fazer, fazer, fazer, realmente FAZ a diferença.
Desde que comecei a estudar desenho, tem sido um aprendizado constante.
Vou procurar algum desenho da época em que fiz minha primeira aula de modelo vivo, ainda na faculdade - sofrível! =)
Perseverança!
14 março 2008
Woher kommen Sie?
04 março 2008
Antiguidades
Quando eu era menina
bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana
se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.
Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)
Eu era menina em crescimento.
Gulosa,
abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom
e tão gostoso.
A gente mandona lá de casa
cortava aquele bolo
com importância.
Com atenção. Seriamente.
Eu presente.
Com vontade de comer o bolo todo.
Era só olhos e boca e desejo
daquele bolo inteiro.
Minha irmã mais velha
governava. Regrava.
Me dava uma fatia,
tão fina, tão delgada...
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais!
E o bolo inteiro,
quase intangível,
se guardava bem guardado,
com cuidado,
num armário, alto, fechado,
impossível.
Era aquilo, uma coisa de respeito.
Não pra ser comido
assim, sem mais nem menos.
Destinava-se às visitas da noite,
certas ou imprevistas.
Detestadas da meninada.
Criança, no meu tempo de criança,
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa
usava e abusava
de pretensos direitosde educação.
Por dá-cá-aquela-palha,
ralhos e beliscão.
Palmatória e chineladas
não faltavam.
Quando não,
sentada no canto de castigo
fazendo trancinhas,
amarrando abrolhos.
"Tomando propósito".
Expressão muito corrente e pedagógica.
Aquela gente antiga,
passadiça, era assim:
severa, ralhadeira.
Não poupava as crianças.
Mas, as visitas...
- Valha-me Deus !...
As visitas...
Como eram queridas,
recebidas, estimadas,
conceituadas, agradadas !
Era gente superenjoada.
Solene, empertigada.
De velhas conversar
que davam sono.
Antiguidades...
Até os nomes, que não se percam:
D. Aninha com Seu Quinquim.
D. Milécia, sempre às voltas
com receitas de bolo, assuntos
de licores e pudins.
D. Benedita com sua filha Lili.
D. Benedita - alta, magrinha.
Lili - baixota, gordinha.
Puxava de uma perna e fazia crochê.
E, diziam dela línguas viperinas:
"- Lili é a bengala de D. Benedita".
Mestre Quina, D. Luisalves,
Saninha de Bili, Sá Mônica.
Gente do Cônego Padre Pio.
D. Joaquina Amâncio...
Dessa então me lembro bem.
Era amiga do peito de minha bisavó.
Aparecia em nossa casa
quando o relógio dos frades
tinha já marcado 9 horas
e a corneta do quartel, tocado silêncio.
E só se ia quando o galo cantava.
O pessoal da casa,
como era de bom-tom,
se revezava fazendo sala.
Rendidos de sono, davam o fora.
No fim, só ficava mesmo, firme,
minha bisavó.
D. Joaquina era uma velha
grossa, rombuda, aparatosa.
Esquisita.
Demorona.
Cega de um olho.
Gostava de flores e de vestido novo.
Tinha seu dinheiro de contado.
Grossas contas de ouro
no pescoço.
Anéis pelos dedos.
Bichas nas orelhas.
Pitava na palha.
Cheirava rapé.
E era de Paracatu.
O sobrinho que a acompanhava,
enquanto a tia conversava
contando "causos" infindáveis,
dormia estirado
no banco da varanda.
Eu fazia força de ficar acordada
esperando a descida certa
do bolo
encerrado no armário alto.
E quando este aparecia,
vencida pelo sono já dormia.
E sonhava com o imenso armário
cheio de grandes bolos
ao meu alcance.
De manhã cedo
quando acordava,
estremunhada,
com a boca amarga,
- ai de mim -via com tristeza,
sobre a mesa:
xícaras sujas de café,
pontas queimadas de cigarro.
O prato vazio, onde esteve o bolo,
e um cheiro enjoado de rapé.
- Cora Coralina
03 março 2008
O Menino que Carregava Água na Peneira
Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo
que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.
O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de sernoviça,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.
Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando
ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos
- Manoel de Barros
Neruda
XVII
Abaladora foi a noite de setembro.
Eu trazia na roupa
a tristeza do trem que me trazia
cruzando uma por uma as províncias:
eu era esse ser remoto
turbado pela fumaça do carvão
da locomotiva.
Eu não era.
Tive de encarar então a vida.
Minha poesia me incomunicava
e me agregava a todos.
Naquela noite
me coube declarar a Primavera.
A mim, pobre sombrio,
me fizeram desatar a vestimenta
da noite desnuda.
Tremi lendo ante duas mil orelhas desiguais
meu canto.
A noite ardeu
com todo o fogo escuro
multiplicando-se na cidade,
na urgência imperiosa do contato.
Morreu a solidão aquela vez
ou nasci eu de minha solidão?
-Pablo Neruda ( Ainda [Aún] )
Gosto de poesia. Mais ainda, gosto de como elas falam coisas que eu mesma não saberia dizer.
Salve Neruda!
aquarela
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